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FAC São Félix do Araguaia

Fomos para São Félix do Araguaia no dia 19 de julho e ficamos até o dia 25. É o segundo ano consecutivo que o grupo participa do Festival Araguaia da Canção como banda de apoio do Festival, juntamente com o baixista Samuel Smith e o baterista Renato.
O primeiro lugar no Festival foi para Paulo Monarco – música A Saber o Sabor; O segundo lugar foi para Fausto Azambuja e Benone Jardim – música Plantador de Sons; O terceiro lugar foi para Calixto Guimarães – música Rosinha, Minha Canoa; O quarto lugar para Benone Jardim – música Etnocas; e o quinto para Luth Peixoto – música Visões de um Homem Comum
Agradecemos toda a equipe do FAC e segue as fotos:

Triêro em Cuiabá!

Os meninos chegaram em Cuiabá na quinta passada e estão apresentando pelas feiras públicas de Cuiabá o espetáculo:  ” O Circo Mambembe das Ruas do Coração de um Palhaço” da Cia. Volta Seca.

A agenda de shows do Triêro em Mato Grosso começa no dia 15 de julho, quinta-feira, no Chorinho. Do dia 20 ao dia 30 eles vão para região do Araguaia, participam do Festival da Canção em São Félix e do Festival de praia em Nova Xavantina. No dia 5 de agosto se apresentam novamente no Chorinho e no dia 8 de agosto, domingo, às 20h, apresentam o show “de rio a mar” no teatro do SESC. A despedida, como sempre, acontece dia 19 de agosto no Chorinho.

Dia 8 – O segundo show

É hoje, o show em Água Boa é hoje!
A manhã foi mais tranqüila, a passagem do som ficou para a parte da tarde. Eu e Fernando fomos com a Verânia na casa do casal Helena e Armando Machado para colher seus depoimentos sobre a história da cidade. Logo depois, fomos aa Prefeitura conversar com o Germano Luiz Zandoná, de origem italiana, mas nascido brasileiro, em Sarandi, no rio Grande do Sul. As entrevistas foram legais, o pessoal mais velho tem muita coisa para contar, entretanto, os gaúchos contam a versão deles da posse das terras e da construção “pacífica da cidade” como eles declaram, tenho minhas dúvidas, gostaria de ter uma segunda voz, uma voz de índio contando sua história, ou melhor, nossa história.
Agora são 16:30h, estão todos no palco acertando os últimos detalhes, o que a gente não sabia, como veremos mais tarde, é que iríamos atrasar tanto. O show passou quase uma hora do horário previsto, eu e Christiano já estávamos bastante aflitos. Então, todos no palco estão acertando os últimos detalhes de luz, som cenário, roteiros, barraquinha de vendas, fotografia e filmagem, uma parafernália de cabos, fios, luzes e botões começam a tomar cor, corpo e sentido. As expectativas são as melhores, e enquanto isso, a prefeitura prepara um café quentinho pra gente e o Gil canta Kaya da gandaia para nos animar.

A praça está ‘lotadaraça’, gente de todas as idades, estamos atrasados e nervosos. O show foi simplesmente lindo, eu, que estava na parte de fora e de cima da arena, perto do Tchuca, da Nariel, do Adalto e do Fernando, recebi muitos elogios pelo show, pelo teatro do Volta Seca, por nosso trabalho. Todo mundo gostou e se emocionou de verdade.
Depois do show, desmontagem de tudo, tudo mesmo, viajamos amanhã depois do almoço. Rolaram uns estresses e discussões durante a desmontagem, tá todo mundo cansado, feliz, mas cansado. O Smith foi de madrugada para Cuiabá fazer um show e volta no dia 08/05, dia do show em Xavantina.

Frase do dia:
Nariel: UFA!

Dia 4 – O primeiro show

Hoje é o dia, primeiro show da turnê. Estamos todos ansiosos! Manhã corrida, muita coisa pra fazer, alguns acordaram cedo, outros, já bem tarde, café da manhã gostoso. Corremos para a Praça São João Batista (Praça da Igreja), como é conhecida pelo povo de Ribeirão Cascalheira. O palco já montado desde ontem, recebeu hoje, ajustes de cenário e de luz, o Fernando (cinegrafista) está gravando cada passo dessa montagem. A praça está cheinha de meninos e adolescentes apresentando poesia e música, pois, hoje é também, o aniversário da cidade. Geovanna fotografa cada momento.

Adalto, Nariel, Uirá e Luciano estão na correria da montagem, Chris na correria do sítio que ainda não ficou pronto, do blog e dos pepinos gerais, Marize, Flávia e Ana Laura nos arremates do cenário e dos figurinos. E eu, escrevo. O Anthony chegou aqui com a Alessandra (Leleca), sua filha, que está linda! Uma entrevista foi marcada com o Triêro e convidados (Smith, Alemão e Volta Seca) para as 15:30h, antes da passagem do som, no mesmo horário, sairei para o depoimento de Dona Frutuosa sobre a história da cidade de Cascalheira, precisamos e estamos fazendo nesta turnê, uma busca pela história, pela memória e pela identidade das cidades pelas quais estamos passando, isso é de extrema importância para o nosso trabalho e para que possamos manter um vínculo de respeito e compreendimento dessas cidades tão próximas, e tão diferentes em um mesmo estado.

As pessoas estão tomando as cores e as formas do que são, como uma luz que brota de dentro e diz: ‘Eu sou assim como sou porque gosto e quero, por prazer!’. A Nariel , por exemplo, pequenina e branquinha, de ascendência ucraniana, só podia ser iluminadora, pela luz clara que ela mesma inspira. O Fernando, de sorriso tímido e poucas palavras, (um típico paulistano no jeito de falar e andar), só podia ser cinegrafista, com seu olhar amplo e captador, já o Tchuca Jr. De ascendência Cherokee ( índios da América do Norte, mais precisamente do Texas nos Estados Unidos), é enorme e de longos cabelos, tem uma voz de trovão e um coração bondoso e derretido, é técnico de som, eu tenho certeza que ele vira urso, ele sempre nega, mas eu sei que vira! E assim todos os outros que irei decifrando com o tempo…

À noite, entre luzes e sombras, o show foi fantástico, apesar do pepino gigante que amargamos: a luz não funcionou. A Nariel, o Adalto e o eletrecista Ronaldo estavam tensos e ralando pra cacete. Os ânimos entraram em polvorosa, todo mundo nervoso, fumando como ‘puta largada’ e quase chorando.
Mas, o espetáculo não pode parar, e eis que de repente, chegam crianças, adultos e adolescentes e a festa foi mais bonita do que imaginávamos, apesar das falhas do primeiro dia, a festa foi linda. As pessoas adoraram, voltamos para casa cansados, mas felizes!

Frases do dia:
Geovanna: Nada como um passo depois do outro.
Karol: Carolho! Que dor é essa?
Pedro: Há sempre uma luz no fim do túnel!
Chris: Pensei que ia “fudê’ tudo!
Luciano: Vou cuspir fogo!
Diogo: De que vale o dinheiro se temos boas amizades?
Nariel: Onde é que eu amarrei meu jegue? Vida de peão né mole não!
Alemão: Tudo bem aqui, e aí, tudo bem? Demora mais pra montar do que pra tocar!
Anthony: Acabo de desenrolar os cabos!
Smith: Quem é meu nome?
Fernando: Tudo é possível!
Uirá: Luz é foda!
Tchuca: Caramba, que calor! Queria que o dia tivesse 48 horas! Pra inveja e olho gordo, trabalho e perseverança!
Adalto: Eu fui pau pra toda obra!
Cezinha: Se chover eu vou chorar!